quarta-feira, 9 de junho de 2010

Seja bem-vindo ao subdistrito do Butantã

Neste blog, você irá navegar e conhecer melhor a história, as atrações e realidade do subdistrito da zona oeste de São Paulo.

Mostraremos opções de divertimentos do povão e dos ricassos. Vamos dançar samba, jogar uma sinuca, bater um fut e prestigiar o time de coração. Para aqueles de maior poder aquisitivo, vamos ao clube pegar uma piscina ou apostar nos cavalinhos. E para todas as idades a TV Bandeirantes é uma boa pedida, transmitindo entretenimento. E falando em notícia, não se pode esquecer o Instituto Butantã e sua contribuição para a área de pesquisa para o Brasil.

Para os esportistas temos USP, que além de lazer oferece diversas opções culturais (como museus e cinema). E voce que gostaria de um novo passeio, pode descobrir o Parque Alfredo Volpi e a Casa de Cultura Maria Luiza e Oscar Americano, um espaço cultural com um pouco da historia de Sao Paulo, agregando mais conhecimento para todos.

Mas para quem pensa que o subdistrito do Butantã só tem coisa boa, infelizmente precisamos denunciar as disparidades sociais. O problemas sociais (prostituição, moradores de rua, pedintes, favelas) e o descaso do governo com a população e o bairro também fazem parte da realidade desse cantinho da zona oeste.

Entretanto, vale ressaltar que a iniciativa de moradores locais e alguns projetos sociais, como o Meninos do Morumbi, tem amenizado a vida dessa comunidade. Além disso, instituições regionais, como os Hospitais Albert Einstein e Sao Luiz, tem mostrado a importancia no atendimento á população local. E o próprio governo estadual e municipal vem mostrando interesse no desenvolvimento urbano na região, promovendo por exemplo, maior mobilidade da população com a chegada da Linha 4 do metrô.

Enfim, muita coisa aqui você irá encontrar. E convidamos à todos a contribuirem também, deixando recados ou mesmo sugestões, para que novas pautas sejam incluídas, deixando assim o Butantã seja mais reconhecido e valorizado.

Roda de samba no bairro Vila Sônia

O samba é uma das formas mais democráticas de interação entres as pessoas. No Butantã, não poderia ser diferente. Em um bar da Vila Sônia, os amigos se encontram todo fim de semana para tomar uma cervejinha e conversar em volta de uma roda de samba. E o som daqui é o mesmo de algumas das casas noturnas badaladas do bairro ao lado, o Morumbi. Isso porque é ali que os problemas do dia a dia são esquecidos e dão espaço para aquela alegria contagiante. Todos são iguais, não tem rico, nem pobre, negro ou branco, apenas pessoa a fim de curtir uma boa música.


Com certeza, o compositor Dorival Caymmi expressou uma grande verdade quando compôs "Samba da minha terra“: “Quem não gosta de samba bom sujeito não é/ é ruim da cabeça ou doente do pé."

Texto: Ewerton Alves

Futebol e cerveja entre amigos do bairro Butantã

Essa simples quadra é localizada no bairro do Butantã. Todos os finais de semana um grupo de moradores do bairro se reúne no local para jogar futebol e tomar uma cerveja bem gelada. É uma forma de lazer, mas o grupo de amigos é bem organizado e realiza campeonatos com time de outros bairros – tem até troféu.


O Vida Loka, nome do time do bairro, já existe há dez anos. Ricardo e Naldo são considerados pelos colegas os melhores jogadores e estão desde o começo, trocando passes, experiências e histórias. “O que vale é participar, se der ganhar um prêmio, e no final tudo vira festa”, diz Ricardo.

O futebol de várzea é uma maneira de integrar os moradores do bairro, promovendo ainda o relacionamento entre pessoas de outras etnias e culturas. Até mesmo as crianças da vizinhança podem aproveitar a quadra para brincar e praticar um esporte.

Texto: Eliane Nunes

Crianças batendo bola na Vila Sônia

Há alguns anos, muitos brincavam na rua com os vizinhos. Hoje, com a violência, o trânsito e o caos da cidade grande essa cena é fora do padrão. De certo modo, ainda bem que ela ainda ocorre. É uma forma de socialização e não deixa a criança presa as novas tecnologias.

Mas é importante considerar que normalmente crianças de periferias costumam brincar nas ruas por não terem condições de freqüentar clubes e quadras de futebol particulares. E ainda essa forma de diversão pode acabar prejudicando fisicamente as crianças, pois na rua existem muitos perigos tais como: atropelamento, drogas e más influências podendo levá-las ao crime. Com o descaso do governo em não manter áreas de lazer as crianças ficam à mercê das ruas.

Texto: Renata Cristina

O maior patrimônio do São Paulo

Inaugurado em 1960, o Estádio Cícero Pompeu de Toledo se tornou a casa do São Paulo Futebol Clube. Nascido para a grandeza, foi palco, além das partidas convencionais, de vários clássicos e finais de campeonatos nacionais e internacionais. Mas uma curiosidade é que seu recorde de público foi em um congresso religioso – 130 mil pessoas. Em 1994, 1996 e 2000 passou por reformas, o que possibilitou a ampliação de sua estrutura e capacidade – hoje de aproximadamente 68 mil pessoas. Entretanto, as mudanças e adaptações não param.


Aliás, o mais interessante do Morumbi atualmente é sua visão. Os dirigentes há um tempo têm observado a movimentação (leia-se oportunidades) do mercado esportivo. Entre elas, as vantagens de uma praça esportiva multifuncional, ou como muitos preferem, Arena Multiuso. O conceito e a estratégia envolvem o aproveitamento desse espaço esportivo para oferecer entretenimento e serviços constantemente para a população, aumentando receitas e fomentando a ida de novos consumidores ao estádio. No Brasil pode-se dizer que apenas o Morumbi e o Arena da Baixada, em Curitiba, foram o que mais entenderam e aplicam esse modelo.

Além de futebol, o Morumbi oferece um complexo social ao lado do estádio, com ginásios poliesportivos, quadras e campos externas, piscina, sala de musculação, salão de festas, churrasqueira, cabeleireiro, biblioteca, restaurantes e lanchonetes. Aluga-se ainda o estádio para outros times, jogos da seleção e também shows. Seus camarotes são frequentemente requisitados pelas empresas para ações de relacionamento. Na área chamada de Concept Hall o clube vem ampliando gradativamente as opções de negócios e entretenimento. Memorial, Livraria Nobel, Rbk Concept Store, Santo Paulo Bar e auditório já fazem parte do local e estão no planejamento academia (parceria com a Cia Athletica), restaurantes, buffet e salas de cinema.

Texto: Andressa Rufino

Clube Social do São Paulo F.C: Diversão da classe mais elevada

De um lado, torcedores fanáticos pelo São Paulo Futebol Clube torcem com o coração e no terreno ao lado a classe com maior poder aquisitivo é prestigiada. Piscinas, churrasqueiras, quadras de tênis, futebol são uma das opções de lazer dos sócios.


Um espaço usado prioritariamente por uma minoria, no caso, uma classe de poder aquisitivo elevado. Pelo seu alto valor fica irrisório para a classe menos favorecida.

fonte: http://www.saopaulofc.net/v4/index_complexosocial.asp

Hino São Paulo apresentando os Meninos do Morumbi

Jóquei Club: eventos e lazer de primeira

O hipódromo do Jockey Club de São Paulo recebe todas as segundas-feiras à noite, sábados e domingos à tarde os tradicionais páreos. Inaugurado em 25 de janeiro de 1941, é hoje um dos poucos locais de prática do hipismo no Brasil, abrigando ainda competições como o GP São Paulo e GP Derby. Mas não são apenas as corridas de cavalos que aproveitam o espaço às margens da Marginal Pinheiros. O Jockey possui outros espaços bastante atrativos para lazer e entretenimento.


A famosa feira Casa Cor utiliza o local há mais de 20 anos para mostrar as novas tendências no mundo da decoração. Os salões nobres recebem casamentos, festas de debutante, eventos corporativos e confraternizações, acomodando de 300 até 1.000 pessoas. O Estacionamento dos Eucaliptos, com seus 3 mil metros quadrados é ideal para eventos ao ar livre. Mesmo aqueles que não procuram grandes festas podem se divertir com os amigos e familiares no Cânter Bar e na Mercearia São Roque, ambientes descontraídos com um cardápio requintado. Independente do evento, tudo é sempre regado á muito luxo e glamour. Que o digam os artistas famosos, políticos e empresários que o frequentam.

fonte: http://www.jockeysp.com.br/ojockey.asp

Ilustre morador do Morumbi: Radio e TV Bandeirantes

O Grupo Bandeirantes de comunicação é um projeto criado por João Jorge Saad, que sempre acreditou na tradição e credibilidade da área jornalística, bem como na emoção dos esportes em geral. Entrou no ar no dia 13 de maio de 1967 e hoje destaca-se como o maior grupo de rádios do país, além da distribuição de conteúdo televisivo em sinal aberto e fechado.


O atual presidente, João Carlos "Johnny" Saad, em parceria com grande empresas de comunicação fez o grupo crescer, adquirir e criar novas marcas, por exemplo Band News, Mix TV, Radio Nativa FM entre outros. A partir daí tornou-se umas das empresas de comunicação e multimídia mais reconhecidas do Brasil.

fonte: http://www.band.com.br/grupo/historia.asp

Universidade de São Paulo contribuindo para a qualidade de vida da população

Pode-se dizer que um dos “rituais” mais populares para os moradores da região da cidade universitária é caminhar, correr ou andar de bicicleta pelos arredores do campus da USP aos finais de semana. Existem até empresas de assessoria esportivas trabalhando no local, oferecendo um atendimento no condicionamento físico e também massagem aos “atletas”.


Além de esporte, a USP tem diversas opções culturais para a população. Os museus da Universidade são abertos à visitação do público em geral e oferecendo exposições artísticas, históricas e científicas. O cinema traz filmes alternativos, e o melhor, por um preço mais acessível. Como nunca é tarde para aprender, existe a faculdade da terceira idade, com diversas opções de cursos.

A Universidade de São Paulo (USP) está entre as cem melhores universidades do mundo. Destacando-se em desenvolvimento de pesquisas científicas e tecnológicas, atualmente é a mais importante do Brasil. A USP mantém uma série de serviços nas áreas de saúde, educação, esporte e lazer, tanto para a comunidade USP quanto para o público externo, trabalhando projetos de reabilitação e integração social.

Texto: Luciana Barbosa

Universidade de São Paulo em um final de semana tranquilo

A USP surgiu da união das Faculdades de Filosofia, Ciências e letras (FFCL), Escola Politécnica de São Paulo, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Faculdade de Medicina, Faculdade de Direito e Faculdade de Odontologia . A FFLCH foi praticamente um elemento de integração, que agregou, posteriormente, a Escola de Educação Física do estado de São Paulo, primeira faculdade civil de educação física no Brasil. Anos depois foi criada a Escola de Engenharia de São Carlos – EESC e outras unidades. Nos anos de 1960, a universidade foi gradualmente transferindo as sedes de suas unidades para a Cidade Universitária em São Paulo.

fonte: http://www4.usp.br/index.php/a-usp

Você já ouviu falar nessas atrações culturais?


O engenheiro Oscar Americano ficou reconhecido na história de São Paulo e do país pelos trabalhos no setor de construção. Ele e sua esposa ainda realizaram varias obras sociais e culturais e deixaram como legado a Fundação Maria Luisa e Oscar Americano. A Fundação recebeu este nome logo que Oscar Americano faleceu em 1974. Era uma chácara localizada no bairro do Morumbi, onde foi construída a residência da família. Em 1976, após o falecimento de Maria Luisa, o espaço foi doado a cidade de São Paulo. Na residência, encontram-se obras de arte, pratarias e mobiliários antigos que permitem uma visão da história brasileira, além do quintal repleto com árvores de pau-brasil e pés de café.

Falando em área verde, deixando um pouco de lado os tradicionais parque Villa Lobos e Ibirapuera, que tal visitar o Parque Alfredo Volpi? Mais conhecido como Parque Morumbi, possui uma área ampla, com espécies de animais e de plantas. Um espaço verde onde as pessoas podem ficar mais próximas da natureza, bom para caminhada, piqueniques em família.

Inaugurado dia 27 de Abril de 1971, o local ainda se mantém bem conservado. O parque se divide em uma área total de 142.432 MZ. São 115.189 MZ de mata atlântica, alguns pesquisadores encontram 5 espécies de pica- pau, entre gaviões e corujas. Um espaço amplo para todos aqueles que procuram lazer e contato com a natureza.

Fontes: http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/o-que-visitar/pontos-turisticos/189-fundacao-maria-luisa-e-oscar-americano

http://www.saopaulo.sp.gov.br/conhecasp/turismo_parques_alfredo-volpi

Instituto Butantã:até parece que o tempo parou


Fundado em 23 de fevereiro de 1901 como Instituto Serumtherapico, o Instituto Butantã abriga uma das maiores coleções de serpentes do mundo. Possui ainda laboratórios sofisticados e o mais moderno centro de produção de vacinas, soros e Biofármaticos da América Latina. O Butantã tem uma das maiores coleções do mundo (54 mil) de espécies de animais. São os insetos e répteis que picam quando ameaçados. Quem tem medo deles não precisa se preocupar. O centro de pesquisa biomédica da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, o Butantã oferece atendimento aos acidentados por animais peçonhentos. O visitante tem também a oportunidade de manipular duas espécies não venenosas – a falsa coral e a dormideira, no projeto de educação ambiental – mão na cobra. Vale a pena sentir esta emoção.


O Instituto possui ainda um parque com áreas verdes e dois museus. A entrada no Centro de Difusão Cientifica e é gratuita e para os museus é única e custa R$ 6, sendo que estudantes com identificação pagam R$ 2,50. Crianças até sete anos, idosos a partir de 60 anos e portadores de necessidades especiais não pagam.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_Butantan

Incêndio no Instituto Butantan destrói maior acervo de cobras do país

Fogo destroi acervo do Butantã


Um fato lastimável para a cidade de São Paulo foi que no dia 16 de maio, o Butantã perdeu mais de 75 mil espécies de seu acervo de cobras e aranhas, destruídas no sábado por um incêndio. A coleção era centenária iniciada por vital Brasil. Infelizmente uma deficiência estrutural ameaça grande parte do patrimônio histórico do instituto há goteiras, infiltrações e cupins por todos os lados. Uma sala está sem teto e foi interditada no inicio do ano por causa de um deslocamento em uma viga. sem condições adequadas para trabalhar funcionários recorrem a entalações elétricas as famosas gambiarras há até um morcego que mora no porão. E olha que este prédio é o cartão postal do instituto.


Desde 2002 não há gastos em reformas nos imóveis do instituto. Membros do primeiro escalão da instituição admitem que é urgente retirar o setor de pesquisa dos prédios históricos, medidas que estão em discussão há oito anos. Até quando a inércia prevalecerá, deixando a historia se perder nos escombros?

Fonte: Jornal Folha de São Paulo

Garotas de programa trabalhando à luz do dia próximo ao Jockey club

A prostituição é um problema social discutido por políticos e acadêmicos, que buscam uma solução. Taxada como a profissão mais velha do mundo, é praticamente a única fonte de renda de algumas familias. Mas a sociedade ainda não vêem a profissão com tanta naturalidade assim. Para piorar, meninas cada vez mais novas, trocam sexo por dinheiro. Aliás, muitos não a consideram como tal. Para muitos, educação seria esta solução. 


terça-feira, 8 de junho de 2010

Contraste social: o lazer da classe alta bem próximo a classe baixa







Quem pensa que o Morumbi é formado apenas por mansões, prédios luxuosos, shoppings e pessoas ricas, por um instante pode se confundir ao olhar para o outro lado da rua. Na verdade, passamos por cima de uma realidade bem clara, que se encontra bem ao lado, em Paraisópolis.

Paraisópolis é considerada a segunda maior favela da cidade de São Paulo. Enguanto um grupo pequeno de pessoas tem tudo e não são privados de nada, desfrutando de muito lazer até viagens para o exterior, outro grupo, que mora exatamente ao lado, vive em situações bem precárias nas suas humildes casa,s que muitas vezes nem tem alvenaria. Os moradores dessa comunidade estão a mercê da própria sorte, tendo a violência como companheira inseparável e sofrendo todo tipo de descriminação e preconceitos de seus vizinhos ricos(2º foto). Estes muitas vezes se esquecem que dependem da mão de obra justamente daqueles "favelados" que moram ali do lado – cerca de 75% à 80% dos moradores de Paraisópolis trabalham no Morumbi.

Então como definir o Morumbi? Com seus paradoxos e suas diferenças? No mínimo, um lugar tão bonito quanto feio. Pode-se dizer que é a realidade de um país que não tem uma política de distribuição de renda adequada. As pessoas sofrem com a concentração de riquezas na mão de uma minoria - que é quem manda e desmanda. Num país que se mostra tão grande para o mundo – que ao menos coloca como slogan “nos orgulhamos em dizer que somos BRASILEIROS” – é uma vergonha ver tamanha crueldade com a população.
Texto: Ewerton Alves

Problemas sociais: pedintes, moradores de rua e propriedade abandonada no bairro do Morumbi.



Ao iniciar os questionamentos sobre o que significa mendigo, pode-se enumerar uma lista muito grande de conceitos que caracterizam este termo, tais como: simplesmente pedinte ou aquele que anda pelas ruas, sujos, com roupas rasgadas, e dormindo nas marquises das lojas sofisticadas, ou aquele que sai de porta em porta pedindo um pedaço de pão para saciar sua fome e de seus filhos e esposa.
Mas, porque surge o mendigo? Será a preguiça como diz o bem empregado? Será a fuga do campo ou o fato do indivíduo não conseguir colocação em um emprego digno, mesmo qualificado? Será a distribuição de renda, que exclui do mercado de trabalho aqueles de idade avançada? O que deixa a sociedade apavorada é a constante insegurança que as famílias enfrentam nos dias de hoje. Enquanto existir todo tipo de inferioridade na humanidade, os problemas sociais vão sempre estar presentes. Com isso, justificam-se os desajustes econômicos, as contendas políticas e os pequenos conflitos sociais.
Nota-se ainda um retrato da exploração infantil, que leva a uma marginalização da criança. Com o respaldo de aliciadores, esses menores são levados a cometer delitos, além de abandonar a escola. Um problema que passa ao olhos de todos no trânsito de SP.
Segundo Durkheim, a generalidade de um fato social, isto é, sua unanimidade, é garantia de normalidade na medida em que representa o consenso social, a vontade coletiva, ou o acordo de um grupo a respeito de determinada questão. A exploração infantil não é patológica aos olhos da sociedade.

Texto: Aline Olimpio

Problemas de saneamento básico e habitação no Rio Pequeno.



As condições de alguns moradores do maior centro financeiro da América Latina são precárias. Onde estão os milhões em dinheiro que circulam na maior cidade do Brasil que não abastecem esses moradores?

Reciclando para mudar o mundo e a condição financeira



No bairro do Morumbi, na av. Giovanni Gronchi, em meio ao trânsito frenético, com um fluxo de carros de luxo, caminha um menino de aproximadamente 7 anos, mal trajado e carregando um saco com latinhas para reciclagem. Sozinho e dono de si, leva consigo apenas a vontade de crescer com dignidade. Enquanto isso, no mesmo dia e bem próximo à outra avenida, no bairro Vila Sônia, um homem trabalha carregando seu carinho. Com cabelos brancos e traje bem diferente do normal, o catador se destaca e é reconhecido por todos por fazer reciclagem de pneus.

A reciclagem é o termo geralmente utilizado para designar o reaproveitamento de materiais beneficiados como matéria-prima para um novo produto. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, realizada pelo IBGE em 2000, coleta-se no Brasil diariamente 125,281 mil toneladas de resíduos domiciliares, e 52,8% dos municípios Brasileiros dispõem seus resíduos em lixões.

Hoje estima-se que 1 em cada 1000 brasileiros é catador, e 3 em cada 10 catadores são crianças. A coleta de material reciclável é muitas vezes a única fonte de renda dos catadores. Só na cidade de São Paulo, há cerca de 20 mil em atividade – com ganho mensal médio de R$ 300,00. A maioria é crianças são obrigadas a trabalhar para ajudar no sustento de seu lar, e algumas trabalham na coleta para gastar com drogas. Fato é que tal situação é um descaso da sociedade. Lugar de criança é na escola.

Feira livre no bairro do Butantã




As feiras fazem parte do cotidiano, atraindo pessoas de todas as classes sociais. Mesmo com os grandes supermercados, é um costume popular freqüentar esses locais. Apesar dos tempos modernos e dos contratempos que elas causam em grandes cidades, elas não desaparecem. Em muitos lugares no interior do país, elas são o principal e, às vezes, o único local de comércio da população. Muitas vezes elas funcionam também como centros culturais e de lazer.

Reportagem: Cosmélia Ribeiro
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Feira

Vendedor de pães caseiros rotineiro na Rua Eng. H. Eiras Garcia



Já se foi o tempo em que vendedores se multiplicavam nas portas das residências. A tecnologia – diga-se internet – e os espaços comerciais mudaram essa situação. Mas não se pode dizer que alguns hábitos antigos foram extintos. O vendedor de pães caseiro mostra que ainda há oportunidade nesse ramo. O mercado de trabalho pode estar aquecido e exigindo qualificação, o que tem deixado muitos de fora. Todavia, práticas antigas mostram uma possível solução aos desempregados. O salário pode não ser fixo, mas certamente este vendedor consegue com essa atitude alimentar sua família.

Desenvolvimento urbano: nova linha 4 do Metro em construção.



A linha 4 amarela de metrô levará mais mobilidade para os bairros do Butantã, Pinheiros, Vila Sônia e Morumbi na zona oeste. Milhares de passageiros terão o tempo de viagem reduzido e mais conforto no que diz respeito á transporte público. A linha 4 amarela integra com a linha verde na estação Consolação e, futuramente, irá até a linha vermelha na estação República. Ao lado da linha, também está sendo construindo um terminal de ônibus. O investimento na linha é de R$ 2 Bilhões, provenientes de uma Parceria Público-Privada com a Via Quatro, integrante do grupo CCR.

Segundo a Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, o Terminal Butantã receberá cerca de 20 linhas de ônibus. Serão coletivos urbanos da região sudoeste e oeste e intermunicipais da EMTU, além de linhas da Cidade Universitária. Parte dessas linhas serão realocada do atual Terminal do Largo da Batata, em Pinheiros, que será desativado para a revitalização do local.


Fonte: http://www.metro.sp.gov.br/expansao/sumario/nova_linha/nova_linha.shtml

Av. Rio Pequeno: Principal centro de comercio do Rio Pequeno


A avenida Rio Pequeno é o principal centro comercial da região. Rodeada por habitantes de classe média e baixa, a avenida certamente movimenta muito dinheiro e negócios. A região tem quase 100.000 mil habitantes e as lojas estão lotadas diariamente.
Considerando a atual fase da economia do Brasil, centros como esse se beneficiam pelo aumento do salário mínimo, redução de impostos e das facilidades no pagamento das contas, que fazem com que as classe de menor poder aquisitivo tenham poder de barganha no mercado, comprando. Mesmo que marcas e grifes não sejam reconhecidas, as lojas tem faturado bastante enquanto os consumidores gastam mais.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Meninos do Morumbi mostram á que vieram

Flavio Pimenta Presidente e maestro dos Meninos do Morumbi



O projeto Meninos do Morumbi atende crianças de todos os bairros da cidade de São Paulo, ensinando dança, canto e música. Eles estimulam a criança a descobrir e desenvolver suas habilidades. O papel formador e transformador da arte surge como um grito coletivo pela cidadania.

A Associação Meninos do Morumbi é formada por mais de 4.000 crianças e adolescentes, a maioria é moradora dos bairros de Campo Limpo, Paraisópolis, Morumbi, Vila Sônia, Jardim Jaqueline, Real Parque, Caxingui, e municipios de Taboão da Serra e Embu. Através da música, os Meninos do Morumbi combatem a fome, a exclusão, o abandono, as desigualdades sociais, as situações de risco pessoal e social.

A atitude de Flávio Pimenta, maestro, músico e presidente da entidade, tem objetivo de profissionalizar jovens e crianças que forma marginalizados pelas péssimas condições de vida em suas comunidades. O educador entrou como uma luz no fim do túnel, trazendo esperança e maiores perspectivas de vida para o futuro daqueles que são atendidos pelo projeto. Os futuros cidadãos têm a oportunidade de se valorizar pessoalmente e para o mercado de trabalho. Mas Pimenta tem um critério de disciplina com os participantes. A postura rígida mas acolhedora busca melhorar a cada dia mais as aulas, assim como o esforço de todos os componentes.

A ONG não possui voluntários. Os professores são profissionais capacitados e remunerados, bem como todos que trabalham na administração, refeitório e limpeza. O projeto se mantém com a arrecadação dos shows realizados pelas crianças e jovens. O projeto fomenta ainda o relacionamento entre pais e filhos, beneficiando a família como um todo.



Palácio do Governo


O prédio do Palácio do Governo foi projetado por Francisco N. Monteiro em 1954, para ser sede da universidade Conde Francisco Matarazzo, mas atualmente é a residência oficial do Governo do Estado de São Paulo. Possui grande acervo histórico aberto ao público. A visitação as obras, e mesmo do belo jardim, pode ser realizada de segunda à sexta feira, das 10h às 17h, e aos sábados, domingos e feriados, das 11h às 16h. As visitas são todas acompanhadas de monitor e podem ser agendadas por telefone ou via site oficial do palácio.

Entrevista com Régis Oliveira – Subprefeito Butantã


Por Aline Olimpio
Qual a importância do Butantã para a cidade de São Paulo?
O Butantã se encontra em uma área em expansão da cidade e que tem recebido cada vez mais investimentos do governo. O metrô é um ótimo exemplo disso. Daí é uma região que tem um potencial para valorização imenso. Sem contar toda estrutura que temos aqui com muita área verde, muitos bairros residenciais de alto padrão ou não, comércio muito forte em regiões centralizadas e por aí vai.
E participação dos munícipes?
A participação dos munícipes é essencial para monitoração dos bairros. Infelizmente, termos uma equipe pequena para monitorar a região e encontrar os problemas, os munícipes sempre vem até nós para relatar problemas e dificuldades que são resolvidas o mais breve possível.

Em relação às árvores, qual o monitoramento necessário para a preservação e adequação com a cidade?
O Butantã tem mais de 2 milhões de m² de áreas verdes com praças e parques e como já foi dito temos uma equipe reduzida que se reveza para tratar das áreas críticas primeiramente, onde podem haver focos de dengue por exemplo, ou muita sujeira que prejudique os moradores da área. Além disso temos na subprefeitura um Programa de Adoção de Praças onde qualquer morador da região ou empresa pode ‘adotar’ uma praça e cuidar dela da maneira que quiser. Isso melhora o visual da região e ajuda a unir morador e prefeitura para um objetivo só: a melhoria da qualidade de vida.
Plano Diretor?
Sobre o Plano Diretor, esse é um assunto de grande importância para a câmara municipal esse ano. É tema constante de conversas entre as Subprefeituras e a Secretaria de Planejamento. Porém mais informações você só conseguirá através da Câmara e da Secretaria de Planejamento.