Quem pensa que o Morumbi é formado apenas por mansões, prédios luxuosos, shoppings e pessoas ricas, por um instante pode se confundir ao olhar para o outro lado da rua. Na verdade, passamos por cima de uma realidade bem clara, que se encontra bem ao lado, em Paraisópolis.
Paraisópolis é considerada a segunda maior favela da cidade de São Paulo. Enguanto um grupo pequeno de pessoas tem tudo e não são privados de nada, desfrutando de muito lazer até viagens para o exterior, outro grupo, que mora exatamente ao lado, vive em situações bem precárias nas suas humildes casa,s que muitas vezes nem tem alvenaria. Os moradores dessa comunidade estão a mercê da própria sorte, tendo a violência como companheira inseparável e sofrendo todo tipo de descriminação e preconceitos de seus vizinhos ricos(2º foto). Estes muitas vezes se esquecem que dependem da mão de obra justamente daqueles "favelados" que moram ali do lado – cerca de 75% à 80% dos moradores de Paraisópolis trabalham no Morumbi.
Então como definir o Morumbi? Com seus paradoxos e suas diferenças? No mínimo, um lugar tão bonito quanto feio. Pode-se dizer que é a realidade de um país que não tem uma política de distribuição de renda adequada. As pessoas sofrem com a concentração de riquezas na mão de uma minoria - que é quem manda e desmanda. Num país que se mostra tão grande para o mundo – que ao menos coloca como slogan “nos orgulhamos em dizer que somos BRASILEIROS” – é uma vergonha ver tamanha crueldade com a população.
Texto: Ewerton Alves
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